Happiness is only real when you share
Sobre "Into the wild". Quem não viu o filme, leia mas responsabilize-se pelas consequências.
Primeiramente é tentar escrever sem ler o que o Lique deve ter escrito durante a madrugada.
Não vou conseguir me lembrar exatamente do diálogo final do filme, mas aparentemente ele quer voltar pros seus.
Ou talvez a minha situação atual tenha feito eu enxergar as coisas dessa forma.
O fato é que ele ali, definhando, olha pro sol, escreve "Happiness is only real when you share" e pergunta algo como "se vocês estivessem aqui, vocês enxergariam tudo isso".
Gosh. Era exatamente isso que eu precisava que ele se desse conta. O filme que estava muito bom, entrou pra lista dos inesquecíveis.
Sim, o "happiness share" dele pode ter sido algo transcendental, algo superior que se dá por um sentimento maior ou através das coisas escritas que ele deixou, mas na minha situação atual eu não consigo enxergar nada além de uma troca de olhares, um abraço apertado ou um pensamento voltado para alguém físico.
Impossível não comparar com um outro filme nota 10 no meu IMDB particular, que também se passa no Alaska e que também tem um lunático que existiu de verdade, sem ofensas ao Chris McCandless, mas os que viram Grizzly Man sabem que o Timothy Treadwell tinha uma pilha mais maluca, de ficar filmando ursos, até que num inverno foi devorado por eles.
O McCandless por sua vez, não interessou aos ursos. Tem um post mais antigo sobre esse documentário do Grizzly Man, em algum lugar do passado desse blog.
Into the wild é o filme que rende, que dura mais que a própria sessão. Procurando infos na internet, achei mais fotos do Chris que publico abaixo e achei também o localizador do Google Earth que dá a posição exata do ônibus (63° 51′ 36.13″ N, 149° 24′ 50.62″ W), todavia adianto que tudo que se vê é um monte de nuvens.
Aparentemente, o magic bus ainda está lá e virou um ponto turístico. Quando vi Grizzly Man já tinha colocado o Alaska na lista dos locais impossíves, bem ao lado das ilhas Galápagos. Locais impossíveis pra quando eu realmente for, ficar muito muito emocionada. O Japão, que se encaixava num destes, agora está ficando perto.
Encontrei também o depoimento de um guarda florestal, achincalhando com o jovem MacCandless.
Alaskan Park Ranger Peter Christian wrote: “I am exposed continually to what I will call the ‘McCandless Phenomenon.’ People, nearly always young men, come to Alaska to challenge themselves against an unforgiving wilderness landscape where convenience of access and possibility of rescue are practically nonexistent […] When you consider McCandless from my perspective, you quickly see that what he did wasn’t even particularly daring, just stupid, tragic, and inconsiderate. First off, he spent very little time learning how to actually live in the wild. He arrived at the Stampede Trail without even a map of the area. If he [had] had a good map he could have walked out of his predicament […] Essentially, Chris McCandless committed suicide.”